quarta-feira, 13 de junho de 2007

Filme - O sorriso de Mona Lisa

É a história de uma professora que se chama Katherine Watson em Wellesley, onde vai lecionar História da Arte no ano letivo 1953/54. Em sua primeira aula, as alunas evidenciam sua inadequação para os padrões da escola, antecipando os temas ligados às obras de arte que a professora mostrará em slides, de maneira a demonstrar que já sabem tudo e que a professora está fora de contexto.

As alunas e seus pais, muitos dos quais fazem parte da Diretoria da escola, definem o que se deve fazer e estudar, no entanto o principal objetivo era orientar as garotas sobre como deveriam conduzir suas vidas de casadas. Para entender o contexto do filme temos considerar o papel da mulher na época. Sem esta visão, fica difícil entender o filme.

Uma das alunas, Betty, escreve editoriais para o jornal da escola e com ele ataca tudo que contradiz as regras vigentes. Sua primeira vítima é a enfermeira Amanda por dar pílulas anticoncepcionais para as alunas. Katherine será também alvo de suas críticas, em função das quais será demitida, ao final.

O esforço todo de Katherine será dirigido para levar as alunas a se interessarem vivamente por arte e, através deste interesse, construírem a si próprias enquanto pessoas que tem opiniões pessoais, que gostam ou odeiam, e que se posicionam sobre o que está à sua volta, em vez de seguir padrões estabelecidos. O filme demonstra o confronto de Katherine com as alunas e as crenças e valores de suas famílias.

O esforço de Katherine para gerar um pensamento e uma ação independente naquelas garotas acaba sensibilizando uma das alunas, Joan Brandwyn, que irá buscar sua formação em Direito na Yale Law School embora, no final, embora aceita, ela desista porque o noivo entrou em outra faculdade e ela não poderá ficar longe do lar, após se casar.

A história pretende justapor a perspectiva do casamento à perspectiva de uma formação para a cultura e para o próprio desenvolvimento, embora não se defina de maneira assertiva em nenhuma direção-síntese ou mesmo de oposição.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Oi Raquel.
Gostaria de te agradecer pelo texto.
"Primeiro a magia da história, depois a magia do bê-á-bá"
Estou passando por um momento delicado com meu filho de cinco anos, ele não está se concentrando na escola ( está começando a alfabetização). Depois da leitura de ontem, fui conversar com a professora e a diretora pedagógica hoje pela manhã e elas me confirmaram o que o texto me havia despertado. Ele não está se concentrando por falta de estímulo e incentivo. Estamos trabalho em conjunto, FAMÏLIA e ESCOLA para criarmos métodos que o estimule a gostar de aprender e o desperte para esse maravilhoso mundo.
Obrigada.
Com carinho.
Dani.