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Socióloga, Pós-Graduada em Gestão Executiva de Fundos de Pensão.
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CRIANDO OPORTUNIDADE DE APRENDIZAGEM CONTINUADA AO LONGO DA VIDA
A idéia a ser defendida é que a aprendizagem deverá ser uma atividade contínua.
É importante frisar que as pessoas têm o potencial de aprendizagem a vida toda, desde da infância, onde aprendemos a falar, andar, ser profissional, manter uma família e etc. O mesmo potencial que temos de aprender temos para ensinar, transmitindo culturas e valores adquiridos com a sociedade. É uma forma de interagirmos com as pessoas, mas isso não nos isenta da necessidade de procurarmos uma escola com objetivo de consolidarmos o conhecimento.
Após a graduação, verificamos que existem dois tipos de pessoas as que buscam informação e aprende como usá-las em suas vidas pessoais e outras que acham necessário que alguém lhe dê aulas formais, muito estudo e avaliação por meio de provas.
A motivação para aprender é que leva a pessoa a refletir sobre as suas necessidades de aprendizagem em determinadas situações, onde a motivação controla o que o aprendiz que quer conhecer mais.
Verificamos que em determinados momentos é importante usar a predisposição de ser caçador-ativo e em outro receptor-ativo. O caçador-ativo é quando a pessoa está busca a informação e o receptor-passivo é aquele que recebe a informação. A troca dessas duas predisposições exige uma certa flexibilidade, desenvolvendo habilidades para resolver problemas e se adaptar ao contexto a que está inserido. A predominância do estilo de cada predisposição depende do perfil de cada pessoa, mas é importante que as duas predisposições estejam presentes na vida das pessoas.
A função da escola deveria ser a de trabalhar com a predisposição de caçador-ativo e auxiliar o aprendiz a desenvolver a predisposição de aprendizagem ao longo da vida.
Para que isso ocorra a sociedade deveria oferecer vários recursos e mecanismos de aprendizagem, respeitando que cada pessoa aprende de uma maneira diferente.
Estamos nos deparando com vários problemas com o surgimento dessas tendências, pois as pessoas, para suprir uma necessidade profissional, fazem cursos que não estão contribuindo para o desenvolvimento de habilidades, são meros geradores de certificados. Não propiciando a aprendizagem continuada ao logo da vida e sim a certificação continuada ao longo da vida. Observamos que as escolas, apesar de consumir um longo período na vida das pessoas, não estão contribuindo para o seu preparo profissional.
A escola tem um papel importante na vida das pessoas, mas elas estão obsoletas. Existem mobilizações em alguns segmentos sobre aprendizagem, mas muito pouca na escola formal apesar dela contribuir para a aprendizagem continuada ao longo da vida. Jose Armando Valente - Depto. Multimeios e Nied, Unicamp & Ced, PucSP
Este texto fala, com propriedade, dos problemas que temos enfrentado hoje em dia, principalmente, da necessidade de estarmos sempre atualizados. No entanto, os cursos que nos são oferecidos nos certificam e não habilita para o mercado de trabalho, que está cada dia mais competitivo.Primeiro a magia da história, depois a magia do bê-á-bá
Se fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não começaria com as lições das pás, enxadas e tesouras de podar.
Levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; levaria a livrarias, para que ela visse, nos livros de arte, jardins de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos jardins, ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e tesouras de podar.
Se fosse ensinar a uma criançaa beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada coma beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical.
A experiência da beleza tem de vir antes.
Se fosse ensinar a uma criança a arte da leitura não começaria com as letras e as sílabas. Simplesmente leria as histórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos, ela quereria que eu lhe ensinasse o segredo que transforma letras e sílabas em histórias. É assim. É muito simples.
Rubem Alves
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